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A vida vale muito a pena, por uma série de coisas...
Goiânia, Goiás, Brazil
Psicóloga Clínica, formada pela PUC - Goiás. Formação em psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo e Clínica Dimensão de Goiânia. Psicóloga - Comissão Executiva de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de Goiás - Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial.

domingo, 9 de maio de 2010

Amor à segunda vista. Iza Junqueira


Qualquer coisa que se faça, que se ame, que se deseja, infere algum tipo de ideal. Os nossos inventimentos, desde o mais simples, até os mais complexos, estão imbuídos de algum nível de idealização. Esses transbordamentos de paixão, que experimentamos quando nos encantamos por alguém, à primeira vista, servem de emblema para que possamos pensar nossas construções afetivas.Nós, que já vivemos uma bela história de amor, sabemos que: Só é amor se for à segunda vista, terceira, quarta e por aí vai. Não que, à primeira vista, no primeiro olhar, não exista o desejo de amar, mas por mais desejo que se sinta, o que está sendo posto, nesse primeiro foco, em relação ao outro, são as nossas idealizações primeiras, resquícios dos nosso primeiros olhares amorosos. À primeira vista, os diálogos são bem conhecidos: " Você tem tudo a ver comigo""Agora encontrei o amor da minha vida""Não consigo viver sem você"Pode ser tudo isso? acredito que sim, mas não à primeira vista.Há de se percorrer um caminho com essa pessoa, querida, desejada, amada, até que se consiga, aos poucos, ir tirando as roupas do manequim que nós mesmo montamos, conforme aquilo que idealizamos. Resta saber, quem é o outro, quem desejamos amar, quais são os desejos dessa pessoa, além dos meus. Bingo! Se nós abrirmos mão de tantas idealizações, durante essa história amorosa, teremos mais chance de continuarmos com o nosso suposto-amor, como costumo dizer.Acontece , que há pessoas, que nao conseguem sair desse lugar ideal. Não há o desejo de conquista, e sim, de posse, de "ter" o outro, à sua maneira. A posse está sempre mais próxima da perda, já a conquista, possibilita um encontro mais feliz. Na conquista, até a distância nos aproxima. O desejo está nos olhos, não há outra via de se chegar a não ser olho no olho, pele, toque, voz, cotidiano, ouvir. E não é um qualquer ouvir.É preciso ouvir o som do azul.
Salve!Iza Junqueira

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