A depressão parece ser hoje, um mal necessário, pelo menos para a indústria medicamentosa e pelos profissionais, que ainda acreditam que é possível medicar o afeto, a tristeza, o sono, os amores perdidos, e dão essa falsa esperança aos pacientes, que por alguns meses se sentem bem, mas que em algum momento terão que lidar com essas questões de uma outra forma. E medicam tanto que o sujeito não tem ânimo para sair de casa, cuidar de si, procurar um novo amor, ir ao analista. Mas os índices de suicídio, principalmente entre adolescentes, é preocupante.
A sensação de melhora rápida dos conflitos, encoraja esse adolescente e em vez de resolver esses conflitos, ele se mata. Os consultórios psiquiátricos estão cheios, pessoas procurando um alívio imediato para suas dores, para suas “esquisitices”, e tendo a falsa impressão de que é preciso ser forte o tempo todo, dar conta de tudo, resolver tudo, não chorar, não sofrer, e a fragilidade faz parte de nós! e é preciso entrar em contato com essas fragilidades para que a gente possa se reconstituir enquanto sujeitos, saber falar da gente, saber lidar com a gente. Essa tentativa de transformar o sofrimento em patologia é o grande marketing da indústria psicofarmacológica, que vende suas tarjas pretas e cega o sujeito, que fica impedido de reconciliar com as suas questões afetivas. A idéia do normal e do patológico precisa ser investigado melhor.
A psicanálise propõe que o sujeito deprimido volte a fantasiar, fazer uma travessia que facilite o acesso ao imaginário, encorajar a pessoa para que ela possa falar das suas dores, expô-las em vez de encobri-las. Todo mundo tem algo a dizer, mesmo que por algum tempo, alguma coisa lhe fuja à lembrança.
por Iza Junqueira Rezende
A sensação de melhora rápida dos conflitos, encoraja esse adolescente e em vez de resolver esses conflitos, ele se mata. Os consultórios psiquiátricos estão cheios, pessoas procurando um alívio imediato para suas dores, para suas “esquisitices”, e tendo a falsa impressão de que é preciso ser forte o tempo todo, dar conta de tudo, resolver tudo, não chorar, não sofrer, e a fragilidade faz parte de nós! e é preciso entrar em contato com essas fragilidades para que a gente possa se reconstituir enquanto sujeitos, saber falar da gente, saber lidar com a gente. Essa tentativa de transformar o sofrimento em patologia é o grande marketing da indústria psicofarmacológica, que vende suas tarjas pretas e cega o sujeito, que fica impedido de reconciliar com as suas questões afetivas. A idéia do normal e do patológico precisa ser investigado melhor.
A psicanálise propõe que o sujeito deprimido volte a fantasiar, fazer uma travessia que facilite o acesso ao imaginário, encorajar a pessoa para que ela possa falar das suas dores, expô-las em vez de encobri-las. Todo mundo tem algo a dizer, mesmo que por algum tempo, alguma coisa lhe fuja à lembrança.
por Iza Junqueira Rezende