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A vida vale muito a pena, por uma série de coisas...
Goiânia, Goiás, Brazil
Psicóloga Clínica, formada pela PUC - Goiás. Formação em psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo e Clínica Dimensão de Goiânia. Psicóloga - Comissão Executiva de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de Goiás - Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial.

sábado, 22 de agosto de 2009

Poesia coreana

Espelho

Não há som dentro do espelho
Não deve haver nenhum outro mundo tão silencioso assim.
Dentro do espelho também tenho orelhas
Duas pobres orelhas que não entendem o que eu digo.
O eu dentro do espelho é canhoto
Um canhoto que não responde ao meu aperto de mão, nao conhece o aperto de mãos
Eu não consigo tocar o eu do espelho por causa do espelho. Mas se não fosse pelo espelho como eu teria ao menos conhecido o eu do espelho?
Eu no momento não tenho espelho
mas dentro do espelho há sempre o eu do espelho
Não sei muito bem mas deve estar absorto em algum trabalho canhoto
O eu do espelho é bem o oposto de mim
mas também separece comigo
Ressinto- me mesmo de não poder me preocuparem examinar o eu do espelho
Yi Sang

Obrigada, Fátima Milnitzky, por essa descoberta...

um poeta inquietante!

Yi Sang
(14 de setembro, 1910 - 17 de abril, 1937) é considerado um dos escritores mais inovadores da moderna literatura coreana. Crossing and blurring the boundaries between poetry, fiction and essay, his experiments in literary form and language, as well the psychological complexity of his inquiry into passion, eroticism and the indeterminate nature of self were unprecedented in Korean literary practices of his time. Passagem e esbatendo as fronteiras entre poesia, ficção e ensaio, suas experiências em forma literária e língua, bem como a complexidade psicológica da sua investigação sobre a paixão, o erotismo ea natureza indeterminada do self foram sem precedentes em coreano práticas literárias do seu tempo.

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